Um período ócio

Ontem foi o dia da entrega do meu TCC. Depois de 8 meses de dedicação e provavelmente umas 500h de trabalho, finalmente entreguei o dito-cujo.

Cheguei cedo na faculdade para fazer as impressões. Três cópias. Cada uma delas contendo 120 páginas. Sim, talvez eu tenha extrapolado no número de folhas, mas juro que as minhas conclusões finalizam na página 85 e depois são apenas as referências e os apêndices, pois acabei obtendo muitos em virtude de tudo o que produzi para construir o TCC.

Quando terminei de imprimir e encadernar, já pensei em começar a trabalhar no PPT para a banca. Mas não. Decidi me dar uma tarde de folga. Depois do almoço, fui para a biblioteca, sentei em uma confortável poltrona defronte a uma grande janela com vista para o pátio, conectei meus fones e coloquei uma música para tocar.

Fiquei ali por um tempo, apenas contemplando o momento. Depois de alguns minutos, pensei em pegar o notebook pra ler alguma coisa ou até escrever. Contudo, acabei fazendo algo bem mais simples. Puxei um caderninho que sempre carrego na mochila e comecei a rabiscar. Palavras. Desenhos. Pequenos textos. Deixei a caneta fluir. Abaixo segue uma amostra do que isso resultou.

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Old Guys on the Beach 🏖️

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Quando me dei conta, já havia passado algumas horas e estava na hora da aula. Mas antes disso, parei e pensei por um momento: Minha tarde foi produtiva?

Bom, por mais que eu não tenha tido um “entregável” após essas 3 horas que passei, estou convicto que a mente precisa de um período ócio para oxigenar e com isso estar propícia para criticar, refletir e gerar novas ideias. Talvez algum workaholic que vive em uma caverna diria que é vadiagem, mas eu prefiro chamar de ócio criativo. Por isso, me dei esse momento e gostaria de repetir a dose com mais frequência.

Meus amigos de quatro patas

Não sei se já deixei explícito em algum lugar por aí, mas eu gosto muito de bichos, principalmente de cães e gatos, até porque nunca tive outra espécie, então não sei até que ponto é possível desenvolver afeto por um terceiro tipo.

Sabendo disso e também do meu histórico com essas “criaturinhas”, na semana passada ganhei um presente inesperado da @bibspotter, minha namorada, pois ela sabe que desde a mudança para o nosso apartamento, saindo da casa dos pais, sinto falta dos bichinhos e por vezes me pego falando deles, já que não estou mais tão próximo pra dizer “Oh, seu Fofinho maluco!” quando o Barney faz alguma palhaçada ou “Que orgulhosa a Preti!” quando a Nikita senta com as patas traseiras apoiadas no degrau acima da escada. Certamente também não posso mais dizer “Juninho!” para o Vicky, que foi para o céu dos “gatíneos” no início do ano passado, depois de 17 anos desde que vimos ele nascer.

Contudo, seja para eternizar o Vick quanto para lembrar do Barney e da Nikita aqui em casa, torcendo pra que eu possa falar do “Fofinho” e da “Preti” por ainda mais vários anos quando eu estiver na casa do pai e da mãe, agora temos eles aqui conosco também, representados em pintura com o belo trabalho da @plastikmachine.

Eu e meus amigos de quatro patas – Vick, Nikita e Barney (esq. para dir.)

O que eu sinto por esses animais é algo muito especial. Sou grato por ter a cumplicidade e o carinho destes meus amigos de quatro patas, pois sem dúvidas a missão deles é nos fazer felizes e eles cumprem muito bem esse papel.

P.S.1: Quando eu era criança, também tive uma cachorrinha chamada Laikinha. Ganhei ela com 2 anos e ela morreu quando eu tinha 12. O Vick viveu com ela até seu terceiro ano de vida. Ela foi uma grande companheira e também fará parte desta homenagem, pois já pedi pra minha mãe separar uma foto dela para colocar junto do quadro.

P.S.2: Quando o Barney era filhote, tentamos ter uma segundo cachorrinho, o Pitoko. Mas infelizmente ele viveu pouco tempo e não tivemos tempo nem mesmo para ter fotos.

P.S.3: Agradeço do fundo do meu coração a Bianca, minha namorada, companheira e parceira de vida! Muito obrigado por este lindo presente, meu amor!

Sou inteligente ou esforçado?

Considero inteligentes aquelas pessoas que entendem e absorvem com significativa facilidade determinada explicação, seja teórica ou prática, independente da matéria ou área de conhecimento, e a partir do momento que receberam a informação, já saem aplicando. Eu não tenho tanta facilidade assim. Sempre que “aprendo” algo novo, necessito revisar, praticar, revisar novamente e praticar novamente, até que aquela nova “descoberta” torne-se clara e eu possa estar seguro que tenho o domínio mínimo aceitável sobre o assunto.

Na época de escola, durante o 2º e 3º ano do Ensino Médio, eu tinha um colega que havia arrumado um emprego no contraturno e muitas vezes estendia-se até a noite, o que fazia com que ele faltasse com relativa frequência as aulas (acho que em alguns momentos, ele ficou por semanas sem aparecer), mas quando vinha, eu aprendia com ele quando o contrário faria mais sentido, pois a facilidade dele para as aulas de matemática era tão grande, que eu mostrava a matéria e ele já sabia como aplicar, inclusive estando apto para tirar as minhas dúvidas. Lembro que mais para o final do ano, ele trocou de turno no trabalho e foi estudar a noite. Com isso, além do amigo, perdi também o “professor”. E quanto as suas faltas, acho que por fim, ele passou simplesmente porque não precisava estar na escola e não pela sua assiduidade.

franklin_eu_a_patroa_e_as_criancasFranklin, o menino superdotado da série “Eu, a Patroa e as Crianças”, tinha a mesma inteligência que meu colega

É evidente que algumas pessoas tem mais facilidade com determinadas matérias do que outras e que esse meu colega, obviamente era um “crânio” em matemática. Eu sempre gostei de informática e quando fiz um curso técnico, destacava-me entre os melhores da turma. Talvez, sim, porque eu gostava mais desse assunto, e por consequência tinha mais facilidade, diferente de matemática. Mas mesmo assim, sigo achando que sou mais uma pessoa esforçada, ao revisar e praticar para obter o entendimento necessário, do que uma pessoa inteligente, que na primeira explicação que recebe, já torna-se um grande entendedor do tema.

40 anos do primeiro Fiat 147 a álcool

Mais cedo na página da FCA – Fiat Chrysler Automobiles no Facebook eles divulgaram uma postagem falando dos 40 anos desde que o primeiro Fiat 147 a álcool foi lançado no Brasil. Por sinal, a primeira unidade produzida está “viva” até hoje, rodando pela pista de testes da fábrica em Betim (MG). No texto, eles também aproveitam para contar um pouco da história de pesquisa e desenvolvimento do modelo.

Lendo essa matéria, quando eles falam de partida a frio e afogador, com esse frio que está fazendo aqui no Sul (nesse momento, 10º às 16h da tarde) lembrei da infância e de quando meu pai me levava para a escola nas manhãs frias de inverno no nosso Fiat 147, bege, ano 1986 e movido a álcool. Pra tirar da garagem era todo um ritual: Puxava totalmente o afogador, apertava um botão para acionar a partida a frio na intenção de injetar uma quantidade de gasolina suficiente para “fazer o carro pegar” e batia o arranque, torcendo para o motor ligar na primeira tentativa, pois se não, as vezes era necessário injetar mais gasolina e forçar um pouco o motor de arranque até que o carro “pegasse”. Mais tarde, já na rua, o negócio era andar bem devagar principalmente nas lombas, controlando o afogador pra o motor não apagar, também não se importando com a fumaça que exalava do escapamento e talvez até incomodasse os carros que vinham atrás.

fiat_147Nosso “antigo” Fiat 147

Já faz quase 3 anos que meu pai vendeu esse “autinho”. Com pouco tempo pra cuidar e sem espaço pra guardar na garagem, ele resolveu se desfazer. Mas as lembranças ficarão para sempre nas nossas memórias, pois foram mais de 25 anos que o carro esteve na nossa família, e um membro assim, a gente nunca esquece.

A introversão e o que me afasta das pessoas

Já não é de hoje que venho pensando nisso: porque me afasto das pessoas e não procuro saber como estão tempos depois do último encontro? Deixe-me explicar…

Na primeira escola que estudei, nunca mais voltei para visitar os professores. Na segunda e na terceira escola foi a mesma coisa, fora uma ou outra ocasião especial (festas beneficentes, formaturas e outros compromissos) quando eu era obrigado a ir e ficava bastante tímido em ter que lidar com todos os professores novamente (não tinha certeza se lembrariam de mim).

shyImagem: www.teepublic.com/t-shirt/1580611-limited-edition-exclusive-cartoon-shy-kid

No meu primeiro emprego, quando sai, fiquei de voltar e dizer um “olá” para todos alguns meses mais tarde, mas isso nunca aconteceu e hoje a empresa nem existe mais, apenas os constantes sonhos que me colocam voltando a mesma função no início da minha carreira. E porque eu não voltei?

No meu segundo emprego, sinto que sai de lá muito rápido e deixei as pessoas “na mão”, pois não tive opção: recebi a proposta na segunda-feira para começar já na próxima semana em uma nova empresa. Por isso, não me sinto confortável em voltar lá.

E quanto as amizades da época da escola, do intercâmbio, do início da faculdade, como ficaram? Perdi o contato com muitos… As razões? Tenho a impressão que quase não tenho assunto pra puxar e o pouco que tenho, ainda fico achando que a conversa vai “esfriar” rápido e vai ficar um clima chato por não saber conduzir o papo.

As pessoas morrem e o Facebook nos conta

No último domingo, através da postagem de uma outra professora no Facebook, soube que uma ex-professora de matemática da época da escola, no ensino médio, faleceu. Fiquei chocado. Ela era tão nova. Deixou filhos e acredito que marido também. Já fazem quase 10 anos desde que me formei, mas lembro muito bem das aulas dela, dos conselhos, dos puxões de orelha e das brincadeiras. Ela era aquele tipo de professora mãezona, sabe? Que cobra, que se preocupa com o bem estar dos alunos e que preza pela boa convivência na turma. Alias, acabei de lembrar que no 3º ano ela era a professora conselheira da classe. Depois que me formei, infelizmente não mantive contato com ela. O máximo que fazia era curtir uma ou outra postagem no Facebook. Não sabia que ela estava doente. Descobri porque procurei saber o que havia acontecido quando fui acometido com a notícia sobre a sua morte.

ripImagem: graphicriver.net/item/cartoon-grave-with-tombstone-and-flower/7164377

No início do ano, descobri que a irmã de uma colega dos tempos de escola (estudamos juntos entre a 1ª e 5ª série) havia falecido. Li uma postagem no perfil do Facebook da minha ex-colega. O texto dizia algo sobre a infelicidade da irmã ter morrido mas que foi um caminho que ela escolheu. Procurei saber informações nos comentários da postagem, em postagens anteriores, no perfil da menina que morreu, mas não encontrei. Fiquei colidido com a notícia. Pensei em chamar minha colega no Messeger e perguntar, mas como fazem muitos anos que não tenho mais contato com ela (fora a amizade no Facebook), achei que seria indelicado. Essa colega e eu temos a mesma idade, mas lembro que quando nós estávamos na 4ª série, a irmã dela estava na 2ª, então presumo que ela era dois anos mais nova. Nunca tive contato com ela, mas lembro dela nos recreios da aula e quando o pai delas deixava as duas na frente da escola pela manhã. Desde essa época, já fazem 16 anos. Nunca poderia e nem mesmo gostaria de imaginar naquele tempo que anos mais tarde ficaria surpreso com tal notícia.

cloudsImagem: www.thoughtco.com

No ano passado fiquei sabendo que um conhecido da época do intercâmbio havia morrido. Vi os comentários de um professor da escola onde estudamos em Toronto na postagem de outro colega no Facebook. Durante minha passagem pela escola, não fui muito próximo desse rapaz que morreu. Nossos encontros pelos corredores eram feitos de cumprimentos e mais tarde nos adicionamos no Facebook. E como a vida muitas vezes é cheia de coincidências, no dia que eu estava voltando para o Brasil, encontrei ele na sala de embarque do Aeroporto de Guarulhos. Ele já havia voltado fazia dois meses e estava viajando a trabalho. Falamos por uns 5 minutos. Ele me contou do trabalho (acho que ele tinha um envolvimento com o governo e o exército) e sua dificuldade em ficar em casa desde que voltará, devido as viagens de trabalho pelo Brasil. Espero que ele tenha resolvido essa dificuldade antes de partir e tenha aproveitado mais tempo com sua família.

4 ensinamentos que você pode tirar de Tetris

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Tetris é um mito!

Pessoa preguiçosa para um trabalho difícil

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“Eu sempre escolho uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho difícil. Porque ela encontrará uma forma fácil de fazê-lo.” – Bill Gates

Fonte: Portal Administradores via Instagram

Caminho mais fácil x mais difícil

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Por sinal, ainda hoje durante uma reunião que tivemos na empresa, ouvi de um gestor uma frase que vai muito ao encontro da mensagem passada pela imagem acima: “Mares calmos não formam bons marinheiros”.

#FicaDica

10 coisas que não exigem talento

10_coisas_que_nao_exigem_talentoSer pontual | Ser ético no trabalho | Empenho | Linguagem corporal | Energia | Atitude | Paixão | Vontade de aprender | Fazer mais que o esperado | Estar preparado

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