Ei, senhor cobrador

“Pagueee o aluguéeeel!!!”. Na realidade não é bem desse tipo de cobrador que eu queria falar. Melhor deixar o senhor Madruga e as dívidas dele pra outra postagem. Nessa aqui eu quero falar sobre cobradores de ônibus.

Sim, aquelas pessoas que ficam sentadas de lado naqueles bancos grandões dos ônibus, só observando você passar e quando muito cobrando os trocados da passagem, já que muitos passageiros hoje já pagam com cartão. Não tenho nada contra os cobradores. É uma função digna como qualquer outra. Simpatizo com aqueles que tentam ser solícitos as pessoas idosas e com necessidades, além daqueles que tentam ajudar as senhoras que querem passar na roleta abarrotadas de sacolas com compras do supermercado. Meu problema é com aqueles que mal abrem a boca pra responder quando são questionados e que ficam o tempo todo com cara feia como se aquele estivesse sendo o pior dia da vida deles.

cara_feia_cobrador_onibusImagem: mediarfamilia.com.br

Concordo que não é sempre que acordamos em um bom dia. Eu mesmo admito que já passei por algumas situações no trabalho, nas quais poderia ter tratado melhor meus colegas ou tentado ser mais prestativo. Mas isso não é sempre. Foi um dia ou um momento fora do comum. Talvez eu estivesse estressado com algum problema do próprio trabalho, com muitas tarefas pra concluir ou mesmo preocupado com as horas extras que teria que cumprir naquele dia. Mas volto a dizer, esse foi um acontecimento fora do comum.

O problema são pessoas que vivem sempre dessa maneira, como muitos cobradores de ônibus que já vi. Claro que eles também sofrem pressão, ficam nervosos e irritados com o trabalho e tem aflições tanto na vida profissional quanto na vida pessoal, mas não acho que justifique tanto rancor. Não vejo motivos para estarem sempre com a cara amarrada e principalmente que não respondam com boa vontade qualquer questionamento feito por algum passageiro perdido e em busca de informações. E o mesmo vale aos motoristas. Sabemos que muitos fazem papel dobrado, dirigindo e cobrando ao mesmo tempo, mas reforço que não há motivos para tanto rancor. Já temos muita coisa pra mudar nesse muito que não dependem apenas de boa vontade, mas quanto as que estão no alcance das pessoas, como essa, não custa tentar melhorar.

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