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Toronto Islands

Realmente eu não sabia de todas as atrações do apanhado de ilhas em Toronto que são formados pela Toronto Islands antes da última quarta-feira (05/09/12). A curiosidade foi despertada depois de conhecer parte desse lugar lindo. Até porque, fica um tanto difícil você conhecer todos os pontos de interesse em um lugar assim só pela orientação de pessoas que já foram. E admito que pode ser difícil conhecer e aproveitar todas as atrações da Toronto Islands em apenas uma tarde.

Na quarta-feira a minha perspectiva para a tarde era ficar na escola, estudando, elaborando meus trabalho rotineiros na blogosfera ou qualquer coisa do tipo. Contudo, acabei mudando de ideia quando percebi que o pessoal conhecido estava pronto pra partir para a Adventure Hunt and Dinner on Toronto Islands oferecido pela escola. Fiquei sabendo que ainda haviam ingressos, mesmo faltando 30 minutos para o horário marcado para a saída. Acabei analisando e conclui que deveria investir os $ 15 dólares cobrados, mesmo porque, estamos nos últimos dias do verão, e pode ser difícil uma próxima oportunidade oferecendo um dia tão bonito igual ao que estava fazendo. Dessa forma, ingresso na mão, pessoal reunido, go ahead!

Chegando no pequeno porto onde iriamos pegar a embarcação para chegar no aglomerado de ilhas (será que posso chamar de arquipélago de Toronto?), a professora que estava orientando o passeio começou a passar as instruções quanto a uma competição que iriamos participar na ilha. Eu achei meio estranho, até porque eu não imaginava que haveria isso, pensei que seria um passeio normal, caminhada e afins. Porém, escutei as orientações, e conservando a regra da escola “Speak in English [Fale em Inglês]”, obviamente os times (na verdade foram duplas) foram divididos entre os alunos que tinham como o idioma nativo línguas diferentes, obviamente forçando falar somente em inglês.

A prova foi baseada em 20 questões referentes a determinados pontos das ilhas. Cada resposta correta valeria uma quantidade determinada de pontos, obviamente a dupla que possuísse o maior acúmulo de pontos levaria o primeiro lugar, seguido da segunda e terceira posição. O tempo total da prova seria de 30 minutos. A primeira dupla colocada receberia 20 horas gratuidas (para cada) de aulas na escola (além das que já estão inscritos), a segunda receberia um dicionário e uma mochila (para cada) e a terceira dupla receberia uma mochila também para cada integrante.

Toronto Islands (Canadá) – Chegando ao local do Hansa Game

Quando a professora que agora se transformava em juíza, usando um apito e tudo mais, orientou a largada, lá fomos eu e minha dupla, uma espanhola muito querida. Como eu não havia previsto o passeio, segui com minha mochila extremamente pesada, devido a estar carregando o laptop, mas enfim, já que estavamos em um jogo, a ideia era competir pra ganhar. As primeiras duas questões conseguimos encontrar as respostas juntos, depois nos separamos para buscasr as demais, tentando assim ganhar tempo. Como não tinhamos nenhum meio de comunicação, marcamos o tempo limite e um lugar para encontro, planejando a próxima estratégia.

Faltando dois minutos para o final da prova, retornamos ao ponto de encontro, onde já estava a juíza esperando. Não sei ao certo, mas haviamos conseguido responder cerca de 7 ou 8 questões, e como foi tudo muito rápido, acabamos não fazendo o cálculo da pontuação. O pessoal foi chegando aos poucos, e os atrasados consequentemente perderam pontos. Enquanto o pessoal recuperava as energias depois da prova, a professora corrigiu as questões, contudo, o resultado não foi revelado no momento.

Existe uma pequena comunidade de moradores em uma das ilhas, casas realmente charmosas, e pessoas simples, onde o principal meio de locomoção é a bicicleta, pois como não existem pontes de ligação entre as ilhas e o outro lado de Toronto, é difícil encontrar carros no local.

Toronto Islands (Canadá) – Depois do Game

A professora que estava conosco tem amigos que moram na ilha, portanto, depois da prova, como já estava previsto, o grupo de 14 alunos seguiu para a casa, pois lá eles estavam nos aguardando com um jantar. A comida estava ótima e os dois amigos da nossa tutora foram muito simpáticos e receptivos.

Logo após o jantar, o resultado da prova seria revelado. Pela minha surpresa, minha amiga espanhola e eu recebemos o segundo lugar. Eu até achei que nossa performance foi boa e acho que merecemos o prêmio, coisa que não é nada ruim. A essa altura já estava noite e precisavamos voltar para a cidade, encerrando o passeio, pois o último barco sairia às 9 horas.

Toronto Islands (Canadá) – Passeio de Barco a Noite

Gostei bastante da trip, pois ao mesmo tempo que conseguimos conhecer o lugar, nos divertimos muito durante a competição. Mais uma boa recordação que vou guardar de Toronto.

Brazilian Day 2012 em Toronto

Enquanto no Brasil o pessoal está na expectativa para o feriadão, considerando que na próxima sexta-feira (07/09/12) nossa pátria está celebrando o Dia da Independência, na última segunda-feira (03/09/12) o Canadá comemorou o Labour Day [Dia do Trabalho], decretando feriado nesse dia, assim como no Brasil o mesmo ocorre em maio. Contudo, para os brasileiros que vivem em Toronto, o Dia do Trabalho foi marcado pela 4ª edição do Brazilian Day, contando com a presença de celebridades locais como os DJs Roger, Eddy, Ziko, além dos brasileiros Jorge & Mateus, introduzidos pelo apresentador Serginho Groisman. O evento ocorreu na famosa Dundas Square, em Downtown.

O Brasilian Day é um dia dedicado ao povo brasileiro que vive no exterior, celebrando e difundindo a cultura do nosso país nessa data. É comum ocorrer edições do evento em metrópoles como Nova Iorque (EUA), Tóquio (Japão) e Londres (Inglaterra).

Abaixo seguem algumas produções em vídeo que fiz durante os shows:

Brazilian Day 2012 (Canadá) – Hino Nacional Brasileiro

 

Brazilian Day 2012 (Canadá) – Música Eletrônica

 

Brazilian Day 2012 (Canadá) – Música Eletrônica 2

 

Brazilian Day 2012 (Canadá) – Eu Quero Tchu Eu Quero Tcha

 

Brazilian Day 2012 (Canadá) – Amo Noite e Dia

 

Brazilian Day 2012 (Canadá) – Ai Se Eu Te Pego

Enjoy it!

Ganhando amigos, perdendo amigos e professores também

Na Hansa aqui em Toronto a coisa mais fácil de conseguir é um amigo. Mas consequentemente perder esse amigo pode ser tão fácil quanto foi para conseguir. Até porque, a rotatividade de estudantes nessa escola é enorme. Provavelmente isso seja normal em todas as escolas do gênero, destinadas somente a estudantes estrangeiros, não só aqui no Canadá, mas em diversos outros países também. Afinal, assim como tem estudantes que vem pra ficar uma longa temporada estudando durante 1 ano, outros vem para ficar apenas 2 semanas, e preferem aproveitar o tempo pra estudar também.

Dessa forma, praticamente toda a segunda-feira e terça-feira é dia de receber novos colegas, assim como toda a quinta-feira e sexta-feira é dia de despedida. Com muitos nem ao menos conseguimos conversar, fazer aquelas perguntas básicas, assim como “Where are you from in your country? [De que parte do seu país você é?]”, “What do you study in the university? [O que você estuda na universidade?]” e coisas do tipo, mas é comum quando nos encontramos pelos corredores da escola soltar aquele “Hey! How are you? [Opa! Como vai você?]”, e muitas vezes até eles acabam nos pedindo pra assinar a famosa bandeira do Canadá, pois é uma prática bastante comum entre os estudantes, comprar uma bandeira, a qual deve custar em torno de uns $ 2 dólares CAD, e no último dia de aula, ou durante a última semana, sair pedindo pra o pessoal conhecido assinar e colocar uma mensagem, geralmente no próprio idioma de origem, mas com a tradução em inglês, claro.

Enquanto esse trânsito de estudantes ocorre, assim como qualquer outra empresa ou instituição, a escola também perde seus professores. Nas últimas duas semanas perdemos duas excelentes professoras das aulas de listening. Uma delas está mudando para Kitchener, aproximadamente 150 KM de Toronto, para ingressar em um intensivo de estudos e aperfeiçoamento do inglês. A outra vai tentar a oportunidade de ingressar em uma outra escola de idiomas. É lamentável perder bons tutores, trazendo desvantagens tanto para os alunos, assim como para a escola também, pois infelizmente sempre existem aqueles professores “malas”, que não tem didática alguma para ensinar ou que ainda fazem questão de ressaltar sua superioridade perante os alunos. Esses pelo jeito acabam ficando, talvez porque não demonstram motivos para receber uma oportunidade de crescer na carreira.

Diferença de preços da Dodge Journey entre Brasil e Canadá

Não vamos nos deter aos detalhes e eventuais diferenças que existem entre os modelos, até porque sou apenas um leigo tentando palpitar sobre carros, mas somente para critério de comparação dos valores, segue abaixo duas imagens, a primeira dispondo o anúncio de venda da Dodge Journey (versão inicial) no Brasil e a segunda um anúncio similar, contudo, no Canadá:

Imagem coletada em www.dodge.com.br

Imagem coletada em www.chryslerjeepdodgeramoffers.ca/special-offers/ontario/en

A ideia de comparar os preços dos modelos nos respectivos sites surgiu a partir da leitura do anúncio acima em um jornal de circulação local, pois acabou me chamando muita atenção o preço, claro que em comparação a nossa realidade no Brasil.

Vale lembrar que é muito comum perceber diversas unidades da Journey rodando pela cidade, provavelmente é uma boa opção aos canadenses quando se fala em Custo x Benefício.

Realmente eu reclamo que o custo de muita coisa aqui em Toronto é alto, mas como sempre completo, depende da situação e principalmente do produto. Aparentemente carros acabam sendo especialmente mais baratos por aqui.

Aulas de Gramática na Hansa

Em uma postagem anterior já havia comentado sobre a Hansa, a escola na qual estou estudando aqui em Toronto. Não que eu tenha tomado partido, mas depois de quase 4 semanas completas desde o início das aulas, posso afirmar que os períodos de gramática ficam mais divertidos com o jeitão descolado do professor CJ, o qual vocês podem conhecer através da primeira imagem dessa postagem (falando com o pessoal na entrada da escola, ao lado da moça de blusa azul), além dos seus cartoons, na intenção de explicar a matéria da melhor maneira possível:

Geralmente os professores no Brasil tem o hábito de dizer que são péssimos em desenho, já os que sabem desenhar, ao menos aqui no Canadá, colocam a arte em prática, mesmo que em um padrão simples, mas ao mesmo tempo interessante.

Supermercado com terminal de autoatendimento

Pode ser um tanto difícil migrar pra uma cultura diferente da qual fomos criados, mesmo que temporariamente, alguns hábitos e quem sabe vícios precisam ser alterados. Já percebi vários detalhes diferenciados entre esse paradigma cultural que existe entre Brasil e Canadá, assim como deve existir entre inúmeros outros países no mundo.

Semana passada acabou o papel higiênico no banheiro dos estudantes aqui na homestay. Desde que cheguei a três semanas atrás, foram usados três rolos que já estavam lá no banheiro. Não perguntei pra host se ela quem deve repor ou nós devemos comprar nosso próprio. Mas como eu gosto de ter meus artigos de higiene separados, guardando tudo aqui no quarto e levando junto ao banheiro quando necessário, na última sexta-feira resolvi comprar um pacote.

Aqui em um dos shoppings de Toronto tem uma loja chamada Canadian Tire. É uma loja de conveniência especializada em artigos para o lar, tem realmente de tudo, passando por artigos específicos para reforma de uma casa, eletrodomésticos, eletrônicos, produtos para cama, mesa e banho, além do que mais você imaginar. Chegando no corredor dos artigos de limpeza, comecei achando estranho porque enquanto no Brasil conseguimos comprar em qualquer lugar um pacote pequeno de papel higiênico com apenas 4 unidades, aqui os menores pacotes são o da imagem abaixo com 12 unidades, ao menos nessa loja. Analisando em termos de valores até compensa, pois o pacote custou em torno de $ 5,07 dólares (CAD).

Chegando na área de Check Out (caixa), olhei por todos os lados e não havia atendente algum trabalhando, todos os caixas estavam aparentemente abandonados. Analisando melhor percebi uma coisa inusitada. Haviam diversos terminais onde as pessoas estavam passando os produtos e interagindo de forma autônoma, conforme as instruções passadas pela máquina. Caso o pagamento seja feito por cartão de crédito, o próprio cliente passa o cartão e fim de papo ou se é com dinheiro em espécie, existe um espaço para inserir as notas e se necessário, receber o troco. Um funcionário passa para ensacar os produtos, caso seja preciso, pois geralmente grande parte dos estabelecimentos aqui cobra cerca de $ 0,05 cents (CAD) por cada sacola. Antes de sair ensacando, o atendente sempre pergunta “Do you need a bag? [Você precisa de sacola?]”, no caso do terminal de auto-atendimento acima, existe uma opção para selecionar.

Bom, após observar o funcionamento, fui em frente ao novo estilo de caixa recentemente conhecido, finalizando assim as compras. Afinal, se você sabe usar um caixa eletrônico em um banco, consequentemente vai saber usar um desses também.

Pegando o trem errado

No próximo domingo vai fazer três semanas que cheguei aqui em Toronto. Considerando o que já falei pra várias pessoas com quem seguido converso no MSN, Facebook e afins, e sempre acabam perguntando “Como está aí?”, posso dizer que já estou adaptado a rotina. Não é nada de muito difícil, pelo contrário, pode ser relativamente fácil. A cidade é enorme, prédios e mais prédios e as vezess pode parecer que você anda, anda, anda e não sai do lugar, pois são tantas coisas acontecendo ao redor que é possível ter a impressão de estar sempre “rodando” pelo mesmo lugar. Contudo, é difícil ficar totalmente perdido, seja lá onde você esteja. Afinal, existem basicamente duas linhas de metrô, uma que “corta” praticamente a cidade inteira de “Norte” a “Sul” e outra de “Leste” a “Oeste”, em qualquer lugar que você está existe uma estação de metrô próxima, se não, algum ônibus ou street car que tenha como destino alguma estação.

Ao mesmo tempo que em partes acho que já estou conseguindo unificar a ideia do TTC (Toronto Transit Commission), ontem pela primeira vez peguei o trem na direção errada. Geralmente pra chegar na escola eu pego um ônibus por ser mais rápido. E na volta, eu acabo sempre pegando o metrô por ser mais cômodo. Contudo, quando sai da escola ontem resolvi passar antes na Future Shop, uma loja de eletrônicos que fica aos arredores, só para caminhar um pouco e olhar os produtos. Na volta, entrei na Engliton Subway Station e desci até a plataforma (sim, porque aqui grande parte das linhas de metrô ficam no subsolo). Quando chegou o próximo embarquei. Passando uma estação, passando outra, notei que havia algo errado. Pois geralmente não passo pela York Mills quando quero chegar na Engliton West, próximo a homestay. Percebi então que havia pego o trem na direção errada, pois eu sempre pego na direção South (Sul) e eu havia pego pra North (Norte) agora. A solução não poderia ser mais simples, descer na Younge e esperar o próximo trem que estivesse voltando para o Sul. E por coincidência, desci de um trem, atravessei a plataforma e em seguida já peguei o outro que estava saindo.

Como tudo tem uma explicação, o motivo do erro está simplesmente relacionado a ter entrado em uma porta diferente na estação Englinton. Considerando que eu estava chegando de uma direção oposta a que eu sempre chego, entrei na porta “secundária” da estação, pois estava mais próxima. Precisei andar um pouco mais pra descer até a plataforma, e provavelmente nessa “volta maior” errei o lado na hora de embarcar no trem. Geralmente não olho mais pra qual lado é o Sul e pra qual é o Norte, eu sei que tenho de pegar sempre o trem da minha direita. Só que dessa vez, a direita estava no outro lado.

Como os canadenses falam meu nome

Pessoas que tem nomes diferentes assim como o meu sofrem. É um tanto normal você precisar repetir uma, duas, três vezes seu nome até as pessoas entenderem. E nos piores casos, eles ainda não entendem e acabam chamando pela forma mais parecida possível, no meu caso, “JONATAN”. Eu poderia gritar, xingar, esbravejar, mas prefiro pensar comigo mesmo que essa pessoa está me chamando de “JONATAN” porque sofre com sérios problemas de concentração, principalmente por usar uma leitura dinâmica 99% do tempo (não me pergunte o que acontece com o 1% restante), preenchendo espaços que ela acredita serem nulos com letras inexistentes, no caso, colocando um “N” onde não existe. Consequentemente entendendo que a pessoa pode estar sofrendo com problemas psicopedagógicos, eu prefiro atender por “JONATAN” mesmo, até que um dia a pobre criatura vai perceber o próprio erro, coisa que pode acontecer tarde demais.

Fiquei muito surpreso quanto a facilidade da maioria das pessoas entender meu nome aqui em Toronto, inclusive a galera que vem de outros países latino-americanos ou mesmo da Europa e Ásia. Não que eu possa dizer “Nossa, como essa gente sabe falar bem J-O-A-T-A-N”, mas prefiro o jeito que eles falam ao ser chamado toda a vida de “JONATAN”. Logo no primeiro dia de aula já fiquei feliz porque precisei repetir no máximo duas vezes meu nome aos professores (uma a menos que no Brasil). Porém, acabei usando uma estratégia diferente na pronûncia. Como aqui as pessoas já estão acostumados com nomes como “John”, “Joe” ou “Jonny”, sendo que devido ao emprego da sílaba “JO” em inglês a pronúncia fica “DIÔ”, comecei e pronunciar “DIOATAN”. Obviamente alguns ainda perguntam “What? DIONATAN?”, mas respondo que é “DIONATAN” sem a letra N, e problema resolvido.

Essa semana fui almoçar no Subway (fast food, não metro, considerando que metro aqui é chamado de subway) e no caixa a moça perguntou qual era o meu nome pra colocar no cupom e chamar quando o lanche estivesse pronto, respondi conforme a “pronúncia local”. Ela completou “Oh, just JOE, ok? – [Apenas JOE, certo?]”.

Quem sabe os canadenses não estão tão preparados assim como pensei pra pronunciar meu nome. Contudo, ressalto que ainda é melhor ser chamado de “JOE” na fila de um fast food estrangeiro ao que ser chamado de “JONATAN” diversas vezes no Brasil, incluindo consecutivas e pela mesma pessoa, as quais provavelmente sofrem dos problemas relatados no início do texto.

Alarme de Incêndio

Acordei tarde, tomei café relativamente mais rápido que nos outros dias, peguei um ônibus lotado e cheguei 5 minutos atrasado pra primeira aula. Uma vez eu li que os canadenses tem como cultura não gostar de atrasos, nem mesmo tolerar. Ao menos na Hansa, isso não é levado a sério, provavelmente por ser uma instituição na qual o público alvo são estrangeiros, mas as vezes os próprios professores se atrasam, vai ver eles são imigrantes.

A aula mal havia começado e ainda depois de mim chegou mais uma colega, por sinal, brasileira. Passado alguns minutos, o relógio já marcava por volta de 9:55, sendo que a aula começa às 8:30. Derrepente começamos a ouvir um “TRI, TRI, TRI, TRI, TRI, TRI…”, ninguém sabia ao certo o que era, eu ainda brinquei dizendo que poderia ser o alarme de incêndio, e o professor completou respondendo “you are sure”.

Observando as outras salas, percebemos a mobilização do pessoal apressado descendo as escadas, em seguida, o professor orientou todos para sair da sala, mas como não havia sinal de fumaça, ele disse que desceria antes e tentaria descobrir o que estava acontecendo. Logo em seguida, ele retornou dizendo que não encontrou nenhum outro funcionário ou professor, e pediu para que todos descêssemos nos dirigindo para fora do prédio.

Todos já estavam reunidos em frente a escola, sem entender muito bem o que poderia ter acontecido, pois não havia sinal algum de fogo. Depois de 10 minutos de espera, o terceiro andar foi liberado, local no qual estavamos tendo aula. Voltamos para a sala e é bastante provável que em seguida o restante do pessoal retornou também, conforme a liberação pelos próprios professores dos demais andares, pois, como foi alarme falso, provavelmente os bombeiros foram avisados para não aparecer.

A explicação pra tudo isso, conforme um dos professores comentou, possivelmente poderia estar ligada ao fato de alguém estar fumando em um dos banheiros. A princípio isso é apenas um rumor, no decorrer do dia nenhum maior esclarecimento foi passado, comentei ainda com o professor da primeira aula se poderia ser algum tipo de treinamento, mas ele acredita ser pouco provável. Contudo, durante o restante do dia, tudo correu normalmente.

Lavando Roupas na Homestay

Depois de duas semanas aqui em Toronto, uma coisa que eu ainda não tinha feito era lavar roupas. Confesso que eu estava meio apreensivo quanto a isso, pode me chamar de babaca (e eu sei que você vai), mas lá em casa sempre quem lava minhas roupas é minha mãe. E atire a primeira pedra se a sua mãe nunca lavou alguma roupa sua, viu?

Uma frase que já ouvi meu pai falando algumas vezes é que nada adianta fazer revisão em um carro e não verificar o óleo, filtro de ar, pastilhas de freio, calibrar os pneus e afins. Segundo ele, isso seria o mesmo que tomar banho e não trocar de cueca. Bom, vocês devem estar pensando que considerando o fato de eu ter ficado duas semanas sem lavar roupas foi porque eu trouxe realmente muita coisa ou eu estou tomando banho sem trocar de cueca. Acho que a seguna opção é mais adequada. Não que eu esteja usando a mesma cueca por uma semana inteira, mas em homenagem ao espírito de aventura, as vezes eu tomo banho e não troco. Mais uma vez, se você está rindo, mas no fundo sabe que já fez isso alguma vez (e eu sei que você já fez), sua consciência vai pesar mais tarde.

Laundry

Mas voltando pra lavagem de roupas, logo após o Breakfast, a host mother disse que primeiro ela lavaria as roupas dela, depois eu poderia lavar as minhas. Já era por volta das 15 horas e eu estava até enfiando a roupa suja embaixo da cama novamente quando ela me chamou dizendo que eu poderia lavar. Ela mostrou a medida do sabão, o funcionamento da máquina de lavar e depois da secadora. Até a parte da medida tudo bem, entendi legal, mas quanto as máquinas é outra história. Afinal, em cada uma delas tem uns três botões com a descrição “ON/OFF”. Mas enfim, como ela ligou a máquina de lavar pra mim e disse que mais tarde eu deveria voltar pra colocar na secadora, pensei que depois com mais calma eu poderia analisar os botões e entender o funcionamento. E foi o que fiz.

Lembro que minha mãe falou que não posso misturar roupas claras com escuras, por isso, acabaram ficando duas peças sem lavar, porque eram mais escuras, mas a host disse que vai lavar mais tarde pra mim, junto com outras que ela ainda tem.

O processo de secagem demorou um pouco mais, principalmente pelo fato de eu pensar ter ligado a secadora na primeira vez, mas não ter ligado coisa alguma. Quando eu voltei na esperança de encontrar as roupas secas, percebi que a máquina estava desligada, e finalmente descobri como ligar a dita.

All ready

Entre secos e molhados as roupas ficaram aparentemente limpas. E espero que na próxima semana ou próxima quinzena, seja mais tranquilo, até porque, agora eu já vi que não é tão complicado quanto parece. Pois é, as máquinas acabam fazendo todo o “trabalho sujo”, então se torna fácil.